Estou disposto a acreditar que o ambiente de vestiário do Grêmio é de plena satisfação contigo, Renato. Entretanto, preciso registrar que o clima que garantes existir colide com tudo o que já vi em futebol.
Nos últimos tempos, passaste a antecipar as concentrações justificando que a "carne é fraca". Pensas que os jogadores não conseguem entender o teu recado?
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Fizeste mais, denunciaste o "nana, nenê" para explicar a queda de rendimento do time no segundo tempo do jogo contra o Iquique. Quem fez "nana, nenê"? Os jogadores, claro.
Por último, opinaste que o time "deu mole", isto é, favoreceu o mau resultado. Renato, já jogaste futebol e sabes muito bem do que eu estou falando.
Quando o treinador começa a insinuar que os jogadores estão saindo à noite, que estão dormindo em campo ou dando mole para o adversário, o desconforto dos profissionais com o treinador é imediato.
Porém, repito, estou disposto a aceitar que os jogadores do Grêmio estão felizes por serem indicados como responsáveis pelos resultados. Ah, não gosto de bater de frente com ninguém. Mas tampouco me assusta bater. Vai com calma, Renato.
Portões fechados
Durante todo o campeonato, Renato Portaluppi exerceu a sua autoridade de treinador do Grêmio fechando os treinamentos para a imprensa. Resultado: morreu nas semifinais.
Nos últimos tempos, alegando que a “carne é fraca”, passou a antecipar as concentrações do time. Resultado: morreu nas semifinais. Outras decisões, incluindo-se a manutenção na equipe de jogadores de condições técnicas insatisfatórias, tiveram um único resultado: morte nas semifinais.
Está faltando avaliação racional e inteligente na Arena.