Chegamos em agosto e o Inter não tem titulares absolutos. Tudo é uma incógnita quando pensamos no time colorado. As mudanças são constantes no departamento de futebol, os atletas não têm nenhuma regularidade e a única certeza é que vamos sofrer com as apresentações da equipe dentro de campo. Essa soma de problemas torna a reta final da temporada uma grande melancolia.
O contraste entre o início de 2024 e o momento atual é gigante. Em janeiro, não existia um torcedor que não estava empolgado com as contratações e as várias possibilidades que o técnico Eduardo Coudet tinha à disposição. E não há pecado nisso. O cenário era promissor. Impossível imaginar que todos os reforços seriam dúvidas a essa altura do ano.
Ainda sobre quem chegou na última janela de verão, Lucas Alario se tornou só mais um no grupo. Suas atuações não empolgam e ele não demonstra nenhuma entrega durante os jogos. Já Rafael Borré só aparenta ter qualidade, mas não consegue materializar isso. Chegou para ser protagonista e segue sendo apenas um coadjuvante.
Alguns atletas que estão há mais tempo no Beira-Rio também decepcionam. Alan Patrick não fez nada que o colocasse como o camisa 10, que jamais pode ser tirado da titularidade. Inclusive, prefiro ver o Inter com Gabriel Carvalho. O capitão colorado vive se escondendo em momentos decisivos. E isso não serve.
Enner Valencia
Por último, Enner Valencia. O atacante não consegue jogar futebol. É isso. A falta de velocidade, força e conclusões erradas são constrangedoras.
Na temporada passada vimos outro jogador. A criação de jogadas e explosões nos 90 minutos nos deixaram empolgados. Essas características se perderam. E sem elas, Enner prejudica o time. Não pode seguir como titular.
O técnico Roger Machado precisa fazer todas as cirurgias necessárias no grupo. Seu medidor principal deve ser psicológico e físico. Quem estiver forte nesses quesitos sai na frente para estar entre os onze titulares.