No início dessa semana, D’Alessandro foi apresentado como diretor esportivo do clube. Em suas primeiras palavras ficou evidente como ele entende o Inter de uma forma única. Ninguém dentro do clube, nos últimos anos, conseguiu dar uma entrevista com esclarecimento, tranquilidade e indignação como o argentino fez.
Apesar de ficar preocupado com a utilização de um ídolo como escudo para a direção, é inegável que a presença de um ídolo nos corredores do Beira-Rio muda completamente o ambiente. Não é qualquer jogador que pode trabalhar como diretor de futebol, mas algumas personalidades são automaticamente forjadas para esse tipo de gestão.
D’Alessandro, na sua coletiva de apresentação, demonstrou um novo tom como profissional do futebol, mas ainda carrega a mesma essência que o tornou ídolo da torcida colorada. Em um recorte de quinze anos, é o principal nome da nossa história. Tenho certeza de que a parte dele será bem executada em sua nova passagem pelo Inter.
O problema de alguns dirigentes é tentar maquiar situações explícitas. Mesmo não vivendo o dia a dia, o campo não mente. Torcida e imprensa conseguem interpretar os problemas do clube a partir das atuações nos jogos e nas declarações dos atletas e treinadores.
Claro que em alguns cenários é preciso preservar a integridade dos profissionais, mas o torcedor carece de transparência. Ouvir a realidade das pessoas responsáveis pelo futebol do clube muda tudo. A tendência é de que, com a presença de D’Alessandro, tenhamos mais momentos de transparência com quem torce para o Inter.
O argentino deixou claro resultados que considera inadmissíveis e posturas que não aceitará dentro do vestiário daqui para frente. Normalmente, grandes nomes de um clube são conhecidos por conta da sua comunicação direta com o maior ativo da instituição, que é a torcida.
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