O Inter passa por problemas e isso ficou evidente após o desempenho pífio no último confronto pela Sul-Americana. O comportamento da torcida durante e depois do jogo deixou claro que o descontentamento da arquibancada é gigantesco pelos resultados recentes. Não será mais tolerado que o time se apresente com atuações tão ruins, principalmente dentro do Beira-Rio. Todos dentro do processo precisam ser cobrados.
Para alguns, a culpa é dos jogadores. Faz sentido quando o time enfrenta um adversário como o Real Tomayapo, que não tem nenhuma representatividade no cenário do futebol. Esse tipo de jogo se conquista mesmo quando o time é fraco.
O atual elenco colorado está longe de se enquadrar nisso e tem obrigação de vencer esse tipo de confronto. E, principalmente, os líderes do vestiário precisam se posicionar. Podemos focar nos nomes de Alan Patrick, Mercado, Rochet, Enner Valencia e Aranguiz, que estão no clube desde o ano passado.
As críticas estão sendo direcionadas também ao técnico Eduardo Coudet. O comandante não fez o plantel render minimamente diante de rivais menores.
Mesmo o Juventude atuando na Série A, comparado ao Inter a distância é gigante. Impossível não questionar o trabalho do argentino quando ele encontra esse tipo de problema no período mais tranquilo da temporada. Como será quando do outro lado estiverem Flamengo, Palmeiras, São Paulo e rivais qualificados do cenário nacional?
A direção, por enquanto, é a parte menos cobrada. Isso é resultado de movimento admirável na pré-temporada. O grande número de reforços blindou o presidente por ter atendido o pedido da torcida. Alessandro Barcellos precisa agir logo. O momento ruim passa pela habilidade do principal líder do clube em contornar a situação e colocar tudo nos trilhos.
Ainda é cedo para pensar em afastamentos e demissões. Se defendemos tanto a continuidade, é preciso ser coerente com esse desejo e ter paciência na espera por melhorias no futebol do Inter. Deve ser levado em consideração que não são muitos profissionais disponíveis no mercado e isso deve ser levado em consideração antes de adotar qualquer medida drástica no departamento de futebol.