É muito cômodo colocar Robert Renan como protagonista da eliminação colorada. Óbvio que a opção na hora de bater o pênalti foi um erro. Isso não é discussão. Merece todas as críticas em relação a sua escolha, mas o zagueiro é só uma peça de um Inter desastroso na semifinal do Gauchão. Assim como este jogador, os protagonistas do time também devem ser criticados.
Precisamos perder a necessidade de nomear vilões a todo custo. Claro que em algumas situações realmente se torna insustentável o cenário. Porém, é nosso dever entender por que a classificação à final acabou nos pés de um jogador de 20 anos em pleno Beira-Rio. É muito mais complexo do que uma “cavadinha”.
O Inter foi incompetente, pois teve dois jogos para conseguir a classificação contra um adversário muito inferior. Teve a falha do técnico ao não encontrar soluções táticas e a omissão de grandes jogadores que não foram capazes de decidir quando necessário. Então, não há motivos para colocar o holofote completamente no talentoso zagueiro.
Tivemos paciência com tantos jogadores que entregaram pouco em campo. Não é possível que o erro pontual de um jovem atleta não possa ser relevado. Ficamos, por exemplo, uma temporada inteira aguentando atuações horríveis de Carlos De Pena. Até a situação do uruguaio ficar insustentável, foi necessário um longo período de atuações ruins.