Acredito que o torcedor colorado esteja satisfeito com as movimentações da direção colorada na última janela de transferências. Grandes nomes foram contratados e agregaram a um elenco que recebeu continuidade após a temporada de 2023.
Apesar do resultado negativo no Gauchão, precisamos considerar que até a última segunda (25) todo o projeto apresentado para 2024 estava sendo aplaudido. A queda no Gauchão balança a estabilidade conquistada pelo clube, mas não pode implodir o que é positivo.
O que mais surpreendeu na eliminação do Inter para o Juventude foi a falta de variação tática do grupo durante os dois confrontos. Assim como no primeiro jogo, o Inter foi amarrado pelo time da Serra. Nada daquele Colorado que conhecemos nesse início de ano apareceu.
A grande questão é: onde estavam as soluções do treinador Eduardo Coudet? Ser surpreendido em um jogo faz parte do futebol. Mas em uma competição de ida e volta, no período de uma semana, o comandante do elenco não mudar nada para fugir da estratégia do adversário é um absurdo.
Precisamos questionar como funciona a estrutura do clube atualmente. Depois do primeiro confronto em Caxias do Sul, será que dirigentes acompanharam o trabalho da comissão técnica de perto? Difícil acreditar que ninguém dentro de uma instituição com o tamanho que tem o Inter questionou como seria feito para desamarrar o time no meio-campo.
Entendo o protagonismo de Coudet no projeto e que seja muito admirado pelo presidente Alessandro Barcellos. Mesmo assim, deve ser cobrado como qualquer outro profissional.
Considero Coudet um treinador promissor para o Inter, mas ainda precisa provar do que é capaz. O argentino não tem um currículo que respalde suas escolhas sem nenhum tipo de questionamento. Quando fomos campeões do Mundial de Clubes, Abel Braga recebeu ordens de Fernando Carvalho e teve auxílio de Fernandão. A história traz lições.