Antes do confronto com o Bragantino não era absurdo imaginar que o empate seria um placar positivo para o Inter neste jogo. Calma, ninguém está maluco e diminuindo o poder do Colorado dentro de casa. Acontece que os desfalques no meio-campo tornavam o time muito menos qualificado. Enquanto isso, do outro lado estava uma das equipes mais organizadas do Campeonato Brasileiro.
O técnico Eduardo Coudet, desde o início, teve que optar por não ter a bola. Sem a criatividade de Alan Patrick e a ausência de Aranguiz, ficamos completamente descaracterizados e com zero cadência de bola. Com essa realidade, a expectativa ofensiva estava toda em Enner Valencia. O craque colorado foi capaz de em uma das poucas chances que teve sofrer o pênalti e na sequência marcar o gol decisivo para vitória.
As convicções no modelo de jogo precisaram ficar de lado. Nem tinha como ser diferente. Se analisarmos as opções no banco de reservas é impossível para o Inter manter o estilo de jogo habitual. Esse é um fator que deve ser tratado como prioridade para 2024.
O Inter não pode perder dois jogadores e por isso mudar completamente a forma de jogar. Para esse jogo específico estávamos dispostos a simplesmente afastar qualquer chance de rebaixamento. Mas em longo prazo é preciso mudar e solucionar essa situação.
Por último, fica a lição ao técnico do Bragantino que, antes do jogo, considerava a vitória dos visitantes como certa. O Inter no Beira-Rio pode até ser derrotado, mas é necessário remar muito para fazer isso. E falar publicamente que vai ganhar não é uma atitude inteligente. Motivou o time e a torcida na busca pelo resultado.