É preciso ser coerente com aquilo que cobramos por parte das pessoas que comandam o Inter. A falta de grandes reforços até a chegada de Enner Valencia é o que mais incomoda na gestão do presidente Alessandro Barcellos. Desde que assumiu o comando do clube, em poucos momentos apostamos em nomes que tivessem capacidade de elevar o nível técnico do grupo. Isso fica evidente com a pouca competitividade nos últimos anos.
O contraponto para a falta de grandes reforços é a situação financeira do Inter. E, realmente, as finanças coloradas estão complicadíssimas. Por outro lado, acredito que exista um meio termo. Futebol é feito com qualidade. É a única forma de aproximar-se das conquistas.
Tendo consciência sobre a falta de dinheiro nos cofres do clube, não posso fazer terra arrasada em relação a dívidas com empresários ou ex-jogadores. É necessário investir no futebol da instituição. A mesma pessoa que pede reforços não pode crucificar a gestão por estar postergando pagamentos.
Evidente que qualquer prestador de serviço deve receber pelo seu serviço, seja ídolo ou não. Compreendo D’Alessandro em buscar seus direitos. Ele por muito tempo abriu mão de muitas coisas para estar no Inter. A grande questão é: não teria outro momento para falar sobre isso? Acredito que ele acabou conturbando o ambiente do clube com essa questão e isso é o que menos precisamos no momento.
O Inter precisa estar focado em evoluir seu futebol em julho, encaixar os reforços no grupo e ter o ambiente tranquilo para quando retornar a Libertadores. Em alguns casos, questões de fora do campo só prejudicam.