Enquanto parte da comissão técnica da Seleção Brasileira está focada na disputa da fase de grupos, já há um profissional analisando possíveis embates nas fases seguintes da Copa do Mundo Feminina. Técnico da equipe feminina sub-20 do Brasil, Jonas Urias recebeu a missão de ser o observador técnico durante o Mundial da Austrália e Nova Zelândia.
Antes do embarque, a coluna conversou com o profissional para colher detalhes de como será este processo. Urias explicou que sua função, que já está em andamento, será assistir in loco as partidas de possíveis adversários nas fases de oitavas e quartas de final. A tecnologia também será uma aliada importante.
— Quando houver a definição dos confrontos, eu já terei analisado de dois a três jogos desta equipe. Vou produzir um material de análises que será entregue à comissão técnica e para a Pia (Sundhage). A intenção é que o material seja o mais eficaz possível para que eles possam saber as propostas e as possibilidades do Brasil contra a tal adversária, levando em conta a sua proposta de jogo.
As avaliações das equipes vão além do acompanhamento nos estádios. Com a evolução da modalidade, a Fifa também tem auxiliado os times e seleções através de um "procedimento de solidariedade". Uma plataforma disponibilizada pela própria entidade oferece aos profissionais vídeos e análises. É algo que, por exemplo, imprensa e torcedores não têm acesso.
— Temos softwares pelo mundo e a Fifa disponibiliza uma plataforma de análises. A seleção que tem interesse em obter este material também precisa disponibilizar os seus vídeos. Se você deixar de compartilhar, não terá acesso. É uma massa de seleções compartilhando vídeos. É algo que valoriza o próprio jogo, que faz a partida ficar melhor. Para ser campeão do mundo, nós precisamos ser melhor que todos.
A situação de momento
Em caso de classificação, no próximo mata-mata, o Brasil terá como adversária uma das equipes da Chave H: Alemanha, Colômbia, Marrocos ou Correia do Sul. Neste momento, após o término da primeira fase, a Seleção, líder do seu grupo, pegaria a Colômbia, que é segunda na outra Chave.
Este seria o melhor dos cenários já que as comandadas da técnica Pia poderiam evitar de pegar a Alemanha já em um primeiro mata-mata.
