O resultado contra a França mostrou ao grupo do Brasil lições importantes sobre tomada de decisão e intensidade em uma disputa de Copa do Mundo Feminina. No principal teste desta fase de grupos, a Seleção teve falhas e saiu com a derrota. O retrospecto segue sendo o mesmo: as brasileiras nunca venceram as francesas.
No primeiro tempo, faltou ao Brasil aplicar o mesmo contraveneno. Em todas as saídas de bola, a França marcou sob pressão. Quando as brasileiras aplicaram a mesma postura, forçaram o erro e conseguiram retomar a posse. Aos 22 minutos, em um dos lances, Geyse conseguiu roubar a bola, tocar para Debinha e Adriana foi acionada. A camisa 11 chegou batendo na grande área, mas a bola saiu por cima da meta. Foi uma das quatro finalizações na etapa inicial.
Geyse, que foi escalada na vaga de Bia Zaneratto, não conseguiu aproveitar muitas chances porque a bola não chegou. Seleção apresentou dificuldades na troca de passes, com erros, e ficou muito pouco com a posse. Luana, a camisa 5, pareceu nervosa em diversos lances e cometeu algumas falhas.
O gol adversário saiu do espaço deixado no lado esquerdo. Karchaoui conseguiu erguer a bola na pequena área e, na tabela de cabeça, Diani escorou para Le Sommer, que cabeceou firme para o fundo das redes.
No segundo tempo, o Brasil voltou com outra postura. A equipe pressionou e conseguiu ficar mais com a bola. O gol aos 12 minutos saiu de uma jogada construída na troca de passes. No lado esquerdo, a bola passou Tamires, Ary Borges, Kerolin e o passe para Debinha, que bateu no canto, na saída da goleira francesa.
O gol fez com a Seleção ganhasse um novo status na partida. Mas, um velho problema voltou a aparecer: a tomada de decisão. Com a ansiedade de marcar, as jogadoras pecaram no último passe, na hora da finalização.
Nos minutos finais, a adversária foi decisiva em uma jogada que já era conhecida entre todos. Bola área e Wendie Renard apareceu no ataque para ser decisiva, em uma falha de marcação da defesa brasileira, que não poderia ser cometida.
Para a partida contra a Jamaica, independente da situação do confronto, o Brasil precisará corrigir os erros e jogar mais. A postura no segundo tempo poderá ajudar neste caminho.
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