A assistência de Gabriel Carvalho na estreia, com apenas 16 anos, reascendeu o debate sobre o aproveitamento dos "pratas da casa" no time do Inter. O guri mostrou qualidade e personalidade. É o segundo recado que os jovens mandam a Eduardo Coudet. Antes, Gustavo Prado já havia mostrado valor, mas não teve sequência. Desta vez será diferente?
O Inter demora demais para lançar jovens. Isso é fato. O receio se dá para não acelerar processos e queimar etapas. No entanto, quando surge um talento, é preciso rapidez para aproveitá-lo no time de cima. E, quando ele chega ao time principal, o treinador deve tratá-lo igual ao reforço mediano que ele pediu à direção.
Nada justifica o que Eduardo Coudet fez com Gustavo Prado, por exemplo. O guri foi arquivado, justamente no momento de carência no setor de criação, com as lesões de Mauricio e Alan Patrick. Em nome de que? Da escalação de Hyoran, uma contratação a pedido de Eduardo Coudet.
Podemos discutir se Gabriel Carvalho está pronto para assumir a titularidade na sequência contra os maiores rivais do Inter. Quarta (19) teremos o Corinthians pela frente e sábado (22), o Grêmio. Talvez se ele tivesse sido aproveitado no Gauchão, hoje poderia estar com mais rodagem.
Coudet falou em entrevista coletiva que deverá subir mais jovens. Ricardo Mathias, centroavante de 17 anos, esteve com a delegação em Itu. É o 9 de área que poderia estar fazendo sombra a Alario e disputando um lugar com Lucca, que não vai bem. Jhonatan Kauan, atacante de lado, já está com 19 anos e pede passagem.
Na hora de bancar os "bruxinhos" que indicaram, os treinadores mostram muita coragem e os defendem até o fim. Mas para lançar jovens promessas se escoram na desculpa de que é arriscado e que dar oportunidade no time poderá "queimá-los".