Inter e Grêmio se uniram e com a ajuda de outros clubes conseguiram a paralisação do Campeonato Brasileiro. Juntos lançaram uma campanha de arrecadação de recursos em prol das vítimas das enchentes. Mas quando o assunto passou a ser o mando de campo dos clássicos do Brasileirão a rivalidade voltou a imperar.
Dono do mando de campo do jogo válido pelo primeiro turno, o Grêmio sugeriu que o Inter também não jogue em casa o clássico do segundo turno. Sugestão não aceita pelo presidente Alessandro Barcellos. Nos bastidores, o Inter justifica o “não” por entender que seria injusto tirar jogos do Beira-Rio após tanto tempo longe da torcida, prejudicando ainda mais o sócio que mantém as mensalidades em dia e não está vendo o Inter jogar em casa.
Com isso, o Grêmio está com "a vez" para mexer a peça nesse jogo de xadrez. A intenção agora é "ferrar" a logística do Inter. Dia 19, quarta-feira, o Inter joga contra o Corinthians. Esse jogo deve ser realizado em Criciúma, já que o time paulista não aceitou a inversão de mando.
O Grêmio tem duas opções: como joga em Fortaleza, dia 19, permanecer por lá e marcar o jogo para o estádio Presidente Vargas, fazendo o Inter viajar de Santa Catarina ao Ceará; a segunda opção, mais provável, seria jogar o Gre-Nal no Mané Garrincha, em Brasília, já que o time de Renato tem, na rodada seguinte, jogo contra o Atlético-GO, em Goiânia, próximo à capital federal.
O certo é que o Grêmio não vai anunciar o local do Gre-Nal tão cedo. A estratégia é prejudicar a logística do Inter. O rival tem até o dia 13 deste mês, dez dias antes do clássico, para anunciar o palco de mais um clássico.
A postura do Inter é: "Marquem o jogo onde quiserem, mas o Gre-Nal do segundo turno será no Beira-Rio". Alessandro Barcellos defende os interesses da torcida colorada. Alberto Guerra faz o mesmo com os gremistas. Esse jogo de xadrez é diferente. Nunca há um xeque-mate que acabe com a rivalidade.