A palavra que define a atuação do time do Inter neste domingo (17) contra o Juventude é irreconhecível. Um time que havia ganhado os 10 jogos que disputou em 2024 não jogou o suficiente para ganhar e esteve muito perto da derrota. O resultado de 0 a 0 acabou sendo bom, uma vez que o Inter decidirá a vaga na final em casa.
Roger Machado amarrou a saída de bola do time de Coudet, que não encontrou em nenhum momento uma solução. Para piorar, os jogadores tiveram dificuldades técnicas impressionantes. Eu contei quatro pisadas de bola, sem falar erros de passes na parte ofensiva e até dificuldade de dominar a bola.
As justificativas que apareceram nas entrevistas pós-jogo foram gramado e desgaste físico. Mas a grama do Jaconi estava boa, e o Inter não vai jogar só no Beira-Rio em 2024. Tem que se adaptar aos terrenos diferentes. Entretanto, a parte física é algo que realmente preocupa. A corda esticada nos últimos jogos é a mesma do dia a dia. Trabalhar não é ruim, pelo contrário, mas é preciso encontrar a medida certa para que a parte técnica não seja afetada de forma significativa, como ocorreu em Caxias.
Coudet também não esteve bem. Não encontrou soluções para sair da marcação alta que acabou com a saída de bola tradicional do Inter, com Renê como terceiro zagueiro e Bustos e Wanderson abertos. Quando mexeu no time, tirou dois volantes e colocou outros dois. Demorou para colocar Wesley e tirou Alan Patrick, que, mesmo mal, não poderia ir para o banco.
Em suma, o Inter leva a decisão da vaga à final para o Beira-Rio. O Juventude lutou, fez a melhor partida sob o comando de Roger e não conseguiu vencer. Ou seja, com o Colorado melhorando e voltando ao normal, a lógica é ser finalista do Gauchão.