Recebi de uma amiga, que ocupa lugar de destaque em uma instituição econômica relevante, um questionamento interessante sobre a escolha do Cais Mauá como sede do South Summit, plataforma que reunirá, em Porto Alegre, startups, investidores, corporações e demais atores do ecossistema de inovação. Tudo acontecerá em março do ano que vem.
A pergunta da minha amiga: “Por que gastar dinheiro para fazer infraestrutura no Cais Mauá se existem outros tantos lugares prontos na Capital?”. Ela não disse, mas cito aqui: Fiergs, Instituto Caldeira e Centro de Eventos da PUC são três exemplos.
A resposta tem muitas faces, mas a que mais me comove se chama Guaíba, chamemos ele de rio, de lago ou de estuário. São esperadas milhares de pessoas de fora, muitas delas de outros países. Todas com contas ativas em redes sociais e com milhares de seguidores.
Ao trazer o South Summit para Porto Alegre, estamos comprando mais do que os resultados diretos dos negócios que serão fechados. Estamos potencializando milhões, quem sabe bilhões de dólares em exposição da marca “Porto Alegre”. E, para isso, os posts com o pôr do sol do Guaíba serão um cartão postal com imensa agregação de valor visual. Nada como inovar tendo, ao fundo, uma fonte energia, luz e emoção com 4,6 bilhões de anos. As imagens da cidade dirão mais sobre ela do que mil palavras. Eu precisei de 221 para explicar o que uma única selfie explicaria.