A jornalista Juliana Bublitz colabora com o colunista Tulio Milman, titular deste espaço
Os gaúchos pagam em torno de R$ 1,90 de ICMS por litro de gasolina comum, considerando o valor médio de R$ 6,343 por litro, estimado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) entre os dias 19 e 25 de setembro. A soma equivale à alíquota de 30%.
O impacto do ICMS sobre os combustíveis se tornou motivo de polêmica em debate travado entre o presidente de Jair Bolsonaro e os governadores. Bolsonaro diz que a "culpa" pela elevação do preço nas bombas é do tributo estadual. Os governadores sustentam que o problema é a política de preços da Petrobras e a desvalorização do dólar frente ao real, estimulada pela instabilidade política.
No caso do Rio Grande do Sul, o índice de ICMS sobre os combustíveis é o mesmo desde 2016. Em 1º de janeiro de 2022, o percentual cairá para 25%. Com esse índice, o preço atual seria R$ 0,32 mais baixo.
Como já explicou a colunista Marta Sfredo, para reajustar o preço nas refinarias, a Petrobras adota um cálculo chamado Paridade de Preços de Importação, aplicado desde 2016, no governo Temer. A intenção, com isso, é evitar que a estatal acumule prejuízo por não repassar aumentos de produtos que compra do Exterior, tanto petróleo cru quanto derivados, como a gasolina. A fórmula inclui a variação internacional do barril do petróleo, a cotação do dólar em reais, custos de transporte e uma margem definida pela companhia.