O Ministério Público do Rio Grande do Sul estuda maneiras de localizar e apurar eventuais casos de falsidade ideológica vinculados a atestados falsos de comorbidades. Com eles, de acordo com denúncias e informações que circulam em grupos de Whatsapp e nas redes sociais, pessoas estariam furando a fila da vacinação contra covid.
Os relatos são muitos. O próprio Conselho Regional de Medicina vem tentando ajudar, disponibilizando um atestado online que ajudaria a reduzir a pressão dos pacientes sobre os médicos.
Um infectologista que trabalha na linha de frente do combate à pandemia confirmou, em conversa com a coluna, o descontrole na concessão e na fiscalização de atestados de doenças e condições graves que, somadas à covid, aumentariam muito o risco de morte.
O procurador-geral de Justiça, Fabiano Dallazen, lembra que esse tipo de prática, uma vez comprovada, implica responsabilização criminal não apenas do paciente, mas também do médico. Há casos, relatados à coluna, de pessoas se vangloriando em posts e mensagens depois de furar a fila usando documentos com informações falsas.