Construída há meio século, a plataforma marítima de Atlântida pede socorro, mas não sabe ao certo para quem. Uma reunião realizada nesta semana representa um passo importante na recuperação de um dos pontos turísticos mais conhecidos no Litoral gaúcho.
Participaram, entre outros, o Ministério Público Federal, a associação dos pescadores, Sinduscon, Sindienergia, Associação dos Condomínios, a prefeitura de Xangri-lá e o deputado federal Jerônimo Goergen, articulador do movimento para salvar a plataforma.
As principais conclusões: não foi localizada uma autorização formal para a construção da estrutura em uma área da União e, por força de lei, a responsabilidade pelo imóvel deve ser de um ente público, no caso, a prefeitura, possivelmente mediante pagamento aos cofres federais. A torcida, agora, é para que não seja tarde demais. Com a estabilidade comprometida, a gigante de concreto teima em resistir ao vento e ao mar. Não se sabe por quanto tempo aguentará.
Um esboço de acordo foi aprovado, mas precisará do aval do município, Ibama, Fepam, Advocacia Geral da União e Secretaria do Patrimônio da União.
A ideia defendida pelo deputado Goergen é que a prefeitura de Xangri-lá assuma a plataforma e, depois, encaminhe um projeto de cessão de áreas à iniciativa privada, com lojas e restaurantes. Uma vantagem desse modelo é que, ao se tornar de fato pública, a plataforma poderá receber incentivos do Ministério do Turismo e ser contemplada com emendas da bancada federal. Outra novidade é que, na mesma reunião, as plataformas de Cidreira e de Tramandaí foram citas. Ao que tudo indica, deverão seguir o mesmo modelo de Atlântida.