Uma das iniciativas mais importantes do Congresso nos últimos tempos está em andamento, com pouca atenção da opinião pública. Um grupo de trabalho está discutindo mudanças na legislação eleitoral brasileira. Entre seus 15 integrantes, dois gaúchos: Liziane Bayer e Giovani Cherini. A ideia é que, depois das audiências públicas e dos debates, propostas sejam encaminhas ao plenário e votadas até outubro, um ano antes das próximas eleições.
O resultado desse trabalho terá impacto decisivo não apenas na escolha dos próximos presidente, governadores, deputados e senadores, mas na própria democracia brasileira. Voto distrital, financiamento de campanha e limites para o uso das redes sociais são alguns dos temas que serão enfrentados. Em um ambiente de polarização, a definição de regras claras e que garantam a normalidade do voto ganha relevância ainda maior.
É nesse momento que os interesses e as forças começam a se movimentar. Muitas são legítimas, mas, para algumas, quanto mais sombra, melhor. Por isso, é fundamental que se acompanhe de perto o que acontece, por exemplo, em relação ao uso da internet pelos candidatos. Proteção de dados dos eleitores, abuso de poder econômico e responsabilidade das plataformas sobre a disseminação de notícias falsas são alguns dos pontos cruciais que, mais cedo ou mais tarde, entrarão na pauta.