As conversas sobre o transporte coletivo de Porto Alegre entraram em um novo patamar. Com a posse de Sebastião Melo, surge uma proposta de estabelecer um prazo de 90 dias sem aumento da tarifa, até que uma solução definitiva, que evite o colapso do sistema, seja construída.
Luiz Fernando Záchia, o secretário de Mobilidade Urbana que deve tomar posse oficialmente na quinta-feira (12), ressalta que o diálogo é uma característica de Melo que serve de moldura para as negociações. A lei estabelece a revisão do preço da passagem em fevereiro. No quadro atual, ou o poder público teria de injetar milhões nas empresas — hipótese vista com pouca simpatia pela prefeitura — ou os porto-alegrenses teriam de arcar com uma elevação gigantesca do preço da viagem, motivada por fatores como queda no número de passageiros e concorrência dos aplicativos.
A ideia de Melo e de Záchia é investir na formação de um fundo de abrangência nacional, que viria acompanhado de isenções de impostos federais e estaduais para o setor.
— Queremos que o sistema funcione de forma satisfatória para todos os envolvidos —, declara o secretário.