Parado na Justiça, o processo de impeachment de Nelson Marchezan não tem mais repercussão eleitoral, mas continua interessando ao prefeito eleito, Sebastião Melo. Tudo o que ele não precisa agora é de instabilidade na transição, mais curta em função do adiamento do pleito. Se a Câmara aprovar o afastamento de Marchezan, uma descontinuidade abrupta da administração, a poucos dias da posse, seria prejudicial a Melo, que vem, até agora, construindo uma sucessão civilizada com o atual prefeito. Se Marchezan e sua equipe forem afastados dos cargos, a troca de informações fundamentais para a nova gestão ficará comprometida.
O fato é que, independentemente dos desdobramentos judiciais e da pressão de alguns vereadores mais magoados com Marchezan, é improvável que o impeachment prospere.
- A poucos dias do Natal e do fim da gestão, não vejo mais clima para votar o afastamento do prefeito - declarou o presidente da Câmara Municipal, vereador Reginaldo Pujol.