
O time que mais levantou taças no Brasil em 2024 manteve boa parte da base campeã da Libertadores e do Brasileirão. No entanto, duas saídas e indefinições internas fazem com que o Botafogo seja um time diferente em 2025. No domingo, às 20h, o clube carioca será o adversário do Inter, no Nilton Santos, pela 8ª rodada do Brasileirão.
Instabilidade é a palavra que resume a temporada do Botafogo até o momento. O dono da SAF que comanda o clube carioca, John Textor, não está tão presente como no último ano. Questões financeira do Lyon, da França, fizeram com que ele aparecesse pouco no Rio de Janeiro.
— O Textor disse que o ano só começaria em abril. O Botafogo abriu mão do Campeonato Carioca, da Recopa e da Supercopa do Brasil — conta Thiago Veras, jornalista da Rádio Tupi.
No Cariocão, o Botafogo terminou em nono, com quatro vitórias, um empate e seis derrotas, ficando de fora da zona de classificação. Ao mesmo tempo, o clube carioca perdeu a Supercopa do Brasil para o Flamengo, e foi derrotado nos dois confrontos contra o Racing na Recopa Sul-Americana.
Todos esses jogos foram sem treinador. A saída de Artur Jorge no início do ano deixou o cargo vago. Porém o Botafogo só encontrou o substituto no final de fevereiro. O português Renato Paiva, que havia trabalhado anteriormente no Bahia, foi o nome escolhido.
— Foi uma contratação que gerou uma certa impaciência do torcedor. Agora tem que se contentar com o Brasileirão, a Libertadores e a Copa do Brasil em andamento. É um processo devagar, no qual o torcedor já começou a cobrar. O momento é de instabilidade — analisa Veras.
Botafogo na temporada
- Brasileirão — 7 jogos: 2 vitórias, 2 empates e 3 derrotas
- Libertadores — 4 jogos: 2 vitórias e 2 derrotas
- Carioca — 11 jogos: 4 vitórias, 1 empate e 6 derrotas
- Copa do Brasil — 1 jogo: 1 vitória (entrou na terceira fase, venceu o Capital por 4 a 0 no jogo de ida)
Base do time campeão permanece
O time do Botafogo que venceu os principais títulos da temporada teve a base mantida, com John, Alex Telles, Gregore, Marlon Freitas, Savarino e Igor Jesus, por exemplo. Porém, foram duas perdas grandes. Thiago Almada e Luiz Henrique, as duas principais referências técnicas do time.
Foram realizadas contratações para repor as saídas, como Artur e Santo Rodrigues, que ainda não mostraram ao que vieram, e a torcida já vive um momento de acreditar que nem vão conseguir.
— Os dois jogadores mais geniais tiveram uma espécie de reposição. Porém, abaixo. No banco de reservas foi feito uma grande reformulação. Há um consenso de que as trocas deveriam ser feitas — explica Veras, e continua:
— O problema é que quem foi contratado no lugar também não conseguiu render. Portanto, as reposições estão abaixo. Botafogo perde no time titular e perde nas opções de banco também.
Time contra o Inter
Vindo de uma vitória na Venezuela contra o Carabobo, pela Libertadores, o Botafogo volta ao Rio de Janeiro para dois jogos em casa, contra o Inter neste final de semana, e diante do Estudiantes na próxima quarta-feira (14), pela Libertadores.
A situação do clube carioca no torneio continental é preocupante. Com seis pontos em quatro jogos, a equipe vai enfrentar os argentinos, que lideram com nove. Em segundo está a Univerdidad de Chile, com sete, e que enfrentará o Carabobo.
Mesmo com esse duelo importante, a tendência não é de time reserva contra o Colorado. Savarino e Bastos seguirão fora por lesão, mas Santi Rodriguez deverá retornar contra o Inter.
A provável escalação do Botafogo tem: John; Vitinho, Jair, David Ricardo e Alex Telles; Allan, Gregore e Marlon Freitas (Nathan Ferandes); Elias Manoel, Igor Jesus e Artur.
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