Ex-governador e ex-ministro, Tarso Genro não tem mais qualquer cargo formal no PT, mas continua vinculado ao partido. Telefonei para ele nesta segunda-feira para saber o que ele pensa sobre as eleições para governador, marcadas para 2022. Pode parecer cedo para falar no assunto mas, de fato, as articulações já começaram.
Tarso defende a formação de uma aliança ampla e única de centro-esquerda, tanto aqui no RS como para a Presidência da República, que teria como um do seus pilares a oposição ao que chama de "política genocida" do governo Bolsonaro, além da preocupação com a pandemia e seus efeitos de curto, logo e médio prazos. O ex-governador defende a tese de que nenhum dos partidos envolvidos nessa frente deve impor como pré-condição qualquer espaço nas chapas. "Seria um erro", afirma.
Tarso acha que ainda é cedo para falar em nomes para o Piratini mas, dentro do PT, existem algumas articulações nesse sentido. A mais nova tem no nome do presidente da Famurs, Maneco Hassen, um dos representantes da corrente que prega a renovação na sigla. Maneco se elegeu duas vezes prefeito de Taquari e ajudou na eleição do seu vice, Andre Brito, do PDT, com 70% dos votos. Perguntado por mim, Tarso elogiou Maneco. Diz que ele tem se destacado pela capacidade de diálogo e de articulação, sem perder a coerência em relação aos temas mais relevantes do debate estadual e nacional.