O Brasil é soberano, mas sua economia e, consequentemente, a sua política, dependem também de elementos externos. A eleição americana será decisiva para o nosso futuro. Vem de lá uma notícia que preocupa Jair Bolsonaro e anima seus inimigos.
O candidato democrata, Joe Biden, abriu 14 pontos de vantagem sobre Donald Trump nas pesquisas, de acordo com o NY Times. É verdade que esse jornal não é exatamente aliado do presidente e está em uma região tradicionalmente mais liberal. Mesmo assim, a tendência de queda de popularidade de Trump vem sendo detectada em múltiplas frentes. A eleição é em novembro e seu resultado pode acelerar ou frear os movimentos para derrubar o governo – daqui.
Mexer com alguém que tem um amigo forte é mais difícil. Mesmo que publicamente não interfira em assuntos internos do Brasil, é sabido que Trump e Bolsonaro nutrem simpatias mútuas e cooperam em várias áreas, entre elas a estratégia política e de comunicação do governo.
Se Trump não se reeleger, o tabuleiro planetário assistirá a uma mudança radical na sua lógica de movimentação. O Brasil é um peão, mas está perto do rei. Se Biden vencer, Bolsonaro perde força.