A empresa que administrava o Cais Mauá está abandonando o projeto. A desistência da liminar questionando o rompimento unilateral do contrato por parte do governo do Estado encerra mais uma capítulo da novela que se arrasta há décadas. Mas abre outro. Agora, a empresa, que deve deixar os escritórios às margens do Guaíba, começa a batalha por indenização financeira.
Em maio do ano passado, o Piratini, aconselhado pela PGE, anunciou o rompimento do contrato com a Cais Mauá. Desde então, as obras e os investimentos pararam. A exceção era o Cais Embarcadero, espaço de gastronomia, esporte e lazer que estava sendo construído na área ao lado da Usina do Gasômetro. Devido à pandemia, as obras também estão paradas, pelo menos até o final de abril.
Não fosse o movimento precipitado do Piratini, que rompeu o contrato em vez de investir em um movimento negociado – o que era a vontade da empresa –, possivelmente o contratempo de agora seria passageiro. Quase um ano depois, a falta de dinheiro, o temor dos investidores e o coronavírus fizeram naufragar mais essa tentativa de devolver a beira do Guaíba à população da Capital.