Na perspectiva de curto prazo, existe o medo e a reclusão. Para nós, brasileiros, que gostamos do beijo e do toque, parece um castigo pesado demais. Estamos sentindo agora, e sentiremos mais ainda, um pouco do que sentem os povos em guerra. Não há barulho de bombardeios e nem prédios com paredes caídas, mas o inimigo, embora invisível, é numeroso e agressivo demais.
Passamos a entender melhor o valor da organização e da disciplina. Nessa hora, nos consola o enorme poder de duas palavras: "Vai passar". E vai. Não abandone seus planos. A viagem, a festa, o beijo, o abraço, a reforma, o churrasco e o curso. Daqui a pouco, a vida volta ao normal.
Por mais triste que seja o momento, ele coloca frente a frente o que antes parecia oposto e agora não deixa alternativa que não seja o equilíbrio possível. A liberdade do indivíduo e o interesse coletivo deparam com seus limites claros. E absolutamente conciliáveis.
Porque não nos resta outra opção.