Esse esforço monumental para aprovar projetos, todo o debate e o desgaste resultaram em menos de 10% de economia no que o RS gasta em Previdência. Um exemplo hipotético: o governo arrecada 100, mas a conta é 150. Agora, depois do pacote, economizaria menos de 5. É pouco para um Estado que se propõe a ser vanguarda.
A conclusão mais óbvia e menos comentada é de que a culpa pelo buraco não é do funcionalismo. É só olhar para os números. A máquina estatal é grande demais, ineficiente, emperrada e obsoleta. Sem mexer de verdade nela, o que o governador Eduardo Leite ainda não fez e talvez jamais consiga, continuaremos secando gelo.
Mesmo sabendo que os resultados mais significativos dessas mudanças na Previdência, que começaram a ser feitas no ano passado, só serão sentidos no futuro, nos cabe questionar caminhos para o Rio Grande do Sul no curto prazo. Não se trata aqui da defesa de um Estado pequeno ou grande, mas sim de um que funcione. Para isso, terá de ser diferente. E não é só uma questão de vontade política, mas sim da descomunal energia necessária para mudar as coisas.