O jornalista Caio Cigana colabora com o colunista Tulio Milman, titular deste espaço.
Com a onda vegana, um número cada vez maior de empresas lança produtos alimentícios elaborados com ingredientes derivados de vegetais, mas com nomes que remetem à sua origem, na proteína animal. É o caso do hambúrguer vegetariano, que é aposta recente de gigantes do setor. E também da carne de soja, do bacon vegano e da salsicha de cogumelos, entre outros.
Mas tramita no Congresso um projeto de lei que quer proibir este tipo de denominação. Uma das justificativas é a de que legislações semelhantes foram aprovadas na Europa.
De autoria do deputado Nelson Barbudo (PSL-MT), a proposta pretende regulamentar a utilização da palavra carne e de seus sinônimos e derivados – como bife, hambúrguer, filé e bacon – em embalagens e material de publicidade. Só será permitido se o produto for, de fato, originado das chamadas espécies de açougue, como bovinos, suínos, ovinos e aves domésticas.
O projeto está aguardando parecer nas comissões de Defesa do Consumidor e de Constituição e Justiça da Câmara.
