Quase sem alarde, a Capital ganhou um espaço instigante. Fica na Dom Pedro II, depois da Sogipa. Uma casa estreita, com dois andares. No segundo, um conjunto de telas intrigantes. O Emojitracker ranqueia, em tempo real, as carinhas e os desenhinhos mais usados nas redes sociais. Quando estive lá, era o chorando de tanto rir.
Duas outras telas trazem os termos mais buscados no Google. E uma quarta forma uma teia de palavras e figuras ligadas a algum tema específico. A Casa da Cultura Analítica é meio indefinível. Quem diz é o pai da ideia, Ricardo Cappra, cientista de dados que deita e rola no oceano de signos, sons e imagens engolidos e nem sempre digeridos no cosmos digital. Agrupar e dar sentido, é o que ele faz.
Sobre a Casa, o melhor que conseguimos: "Plataforma para simplificar o acesso ao conhecimento sobre dados, conectar o ecossistema e acelerar o desenvolvimento de habilidades analíticas". O que é isso? Isso é tudo. De encontros sobre proteção de dados com o público 60+ a visitas de escolas públicas sedentas de um mergulho fundamental e diferente. "A transformação digital trouxe junto com ela uma montanha de dados. Agora sociedade e organizações precisam transformar tudo isso em informação. Nosso futuro será cada vez mais analítico!", prevê Cappra. Se eu pudesse e soubesse, aplicava um teste Voight-Kampff nele.