Nenhum outro personagem será mais importante na Copa do Mundo quanto aquele que não deve aparecer: o árbitro. Ele pode errar impedimentos, não ver um toque de mão, deixar de coibir a cera. Mas tem um aspecto do jogo no qual não tem o direito de se enganar ou omitir: a violência. Se eu tivesse que definir o papel de um árbitro de futebol em uma frase, ela seria: proteger o espetáculo. Tolerância zero com os pontapés e os carrinhos em Messi, Neymar, Cristiano Ronaldo e em todos os craques que estarão em campo na Rússia.
Árbitros brasileiros têm o péssimo hábito de se preocupar mais com um falso equilíbrio da partida do que com a aplicação da lei. Adoram esperar o terceiro pontapé para apresentar cartão. Não querem se complicar e, em nome disso, privilegiam a feiura.
Que na Rússia seja diferente. Que os brucutus e suas chuteiras afiadas saibam que as bilhões de pessoas que estão diante das suas tevês querem dribles, janelinhas, balõezinhos, querem gols e desarmes cirúrgicos e limpos.
Para o resto, cartão vermelho. Sem dó.