Geração de empregos e de impostos. Esses dois argumentos estão na base da defesa da liberação dos jogos e da maconha no Brasil. São corretos, verdadeiros e lógicos. Mas estão sendo mal usados. Fazem parte de um pensamento mágico, associado a uma lógica ultrapassada. Empreender no Brasil é um ato de heroísmo. Burocracia, corrupção, ineficiência, cartelizações, impostos. Essas são questões que os cassinos e maconha não resolverão.
As verdadeiras pressões para que o jogo e a maconha sejam liberados vêm de setores econômicos, a maioria estrangeiros, que identificam o Brasil como um mercado lucrativo e promissor. Nenhum pecado nisso. Ao contrário. É legítimo e potencialmente positivo.
Pessoalmente, sou a favor das liberações. Por vários motivos. Um deles, pela crença de que as pessoas devem ser livres para fazer suas escolhas. Precisamos de freios e de regras, mas isso não pode significar paternalismo e intervenção excessiva do governo nas nossas vidas. Mas se o Brasil quer mesmo mais empregos e mais dinheiro para os cofres públicos, não são os cassinos e maconha que resolverão. Reforma radical do Estado e criação de um ambiente saudável para empreender.
Aposto que daria certo.
Sem qualquer ponta de dúvida.