Uma mostra das dificuldades econômicas do setor cultural em 2016 pode ser verificada nos números da Lei Rouanet, o principal mecanismo de financiamento à cultura em âmbito nacional.
Em 2015, o governo autorizou a captação de R$ 5,2 bilhões. Neste ano, foram R$ 3,9 bilhões.
PEDRAS NO CAMINHO 2
Mas nem tudo que é autorizado pelo governo é efetivamente captado pelos produtores culturais.
A queda é significativa no que diz respeito aos valores apoiados: de R$ 1,2 bilhão em 2015 para R$ 787,4 milhões em 2016, até agora.
Se confirmado o número, o volume de patrocínios de 2016 será o menor desde 2004.
À DERIVA
A perspectiva de redução da inflação é praticamente a única boa notícia que os brasileiros e seus bolsos levarão para 2017. De resto, o clima é de ceticismo.
Quais serão as resoluções de Ano-Novo da equipe econômica?
COLAÇÃO DE GRAU
Dois alunos da etnia pataxó se formaram em Medicina na Universidade Federal de Minas Gerais. Eles participaram de uma ação afirmativa da universidade dedicada a estudantes indígenas e agora pretendem levar o conhecimento para suas comunidades.
PENSATA
Aumento da segurança privada, mudança na legislação e até mesmo proibição de caixas eletrônicos. Alternativas foram levantadas para evitar novas situações como a explosão de bancos em São Sepé.
Mas nada substitui uma política de segurança pública, com atenção aos indicadores socioeconômicos.
É para isso que os gaúchos votam a cada quatro anos.
MUDANÇA DE CULTURA
Uma das expectativas da revista Nature para 2017: se os Estados Unidos voltarem atrás em seus compromissos com o meio ambiente, como se espera de Donald Trump, a China pode assumir a dianteira na mitigação da mudança climática.
O país asiático é o maior emissor de gases de efeito estufa no mundo. Alguns cientistas acreditam que as emissões globais possam cair devido à estagnação da economia e ao impulso das tecnologias verdes.
MEMÓRIA
O correspondente do New York Times no Brasil, Simon Romero, registrou no jornal americano o abandono da Igreja Positivista no Rio, lamentando que o local ainda não tenha se transformado em um museu.
Romero lembra que, apesar de a bandeira do Brasil conter um lema positivista (“ordem e progresso”), poucos brasileiros estão familiarizados com a história dessa corrente de pensamento.
MOVIMENTO FINAL
O célebre maestro indiano Zubin Mehta, 80 anos, que regeu Os Três Tenores na década de 1990, anunciou ontem que vai deixar a Orquestra Filarmônica de Israel em outubro de 2018. Esse tipo de antecedência é tradicional no universo da música de concerto.
Mehta virou diretor musical da Filarmônica em 1977, cargo que se tornou vitalício em 1981. Mas sua relação com o conjunto vem de antes: são 55 anos de parcerias. A notícia é do jornal israelense Haaretz.