Eu sou fã de passeios curtos, de um dia só. Às vezes, eles têm efeito de "férias", se bem aproveitados, e ainda se economiza com hospedagem. Poderia ter elegido vários outros, mas selecionei estes quatro destinos, que estão entre os meus favoritos, a partir de Porto Alegre, para você aproveitar os sábados ou domingos (agradeço a um colega/leitor que deu a sugestão).
Morro Reuter (64km) – O caminho, pela Rota Romântica, já é bonito por si só. Começo passando pelo ateliê de Anelise Bredow, na BR-116. Depois, pego, à direita, a VRS-873. Eu, que costumo ir pingando pelos outros ateliês, diria que é só seguir as placas, mas, vá lá: entre no Edelweiss (onde também dá para tomar café e comer doces, com uma bela vista), continue pelo Caminho das Serpentes Encantadas de Cláudia Sperb (foto) e visite a casa/ateliê de Flávio Scholles (difícil é sair sem uma gravura que seja!). Para comer, além dos doces, duas alternativas (há outras): o Café Colonial Walachay e o restaurante El Paradiso, aquele do gatil que também tem cara de parque.
Vale dos Vinhedos (130km) – Em geral, começo o passeio pela Estrada do Sabor de Garibaldi para depois seguir o trajeto pelo Vale dos Vinhedos, em Bento Gonçalves. É que não resisto ao almoço de sábado (ou domingo) na Osteria della Colombina. Depois de bater ponto ali, a ideia é andar meio sem rumo e passar pelas vinícolas, conferir novidades, comprar biscoitos, tomar café... Lembre que, para fazer visitas guiadas com degustação, é bom agendar com antecedência. O mesmo vale para almoçar nas que têm restaurante, como a Casa Valduga. Ah, um bom lugar para a refeição é o restaurante Valle Rústico, fugindo do agito dos turistas.
Colinas/Imigrante (128km) – Conhecido como Roteiro Turístico Delícias da Colônia, o passeio encerra uma contradição. É que há chocolates, cachaças, doces artesanais e outras guloseimas no caminho, mas almoçar nessa região linda do Vale do Taquari é um desafio, a não ser que você não seja muito exigente e se contente em beliscar. De resto, o trajeto é lindo, com muito verde, arquitetura alemã e atrações menos habituais, como uma propriedade que cria avestruzes e um cactário gigante (e imperdível!), o Horst, em Imigrante (foto mais abaixo). O roteiro termina no Convento Franciscano São Boaventura, construído todo em pedra grês na década de 1940 e que funciona também como hospedaria.
São Francisco de Paula (126km) – Eu me contentaria em caminhar ao longo do Lago São Bernardo. Mas também dá para ficar por ali tomando chimarrão e apreciando a vista. Quando cansar, dê uma passadinha no centro, logo ali, e visite (ou revisite) a livraria Miragem (foto mais abaixo). Para almoçar, a sugestão é o Castelli Resto Pub, que é um dos restaurantes mais agradáveis da serra gaúcha. Pule o café do restaurante e volte à rua principal: a poucos passos da livraria está o Café São Bernardo, numa casa em estilo colonial e com flores na janela, recomendado por uma colega que vai a São Chico quase todos os finais de semana. Dá para voltar para o lago (foto abaixo), andar mais um pouco e tomar outro chimarrão antes de pegar o caminho de volta.