
O Plano de Desenvolvimento Inclusivo e Sustentável que será lançado pelo governo estadual no dia 30 de outubro, com a pretensão de servir de bússola até 2040, tem cinco eixos, chamados de “habilitadores”, debaixo dos quais estarão as ações previstas para os próximos anos. São eles: capital humano, infraestrutura e logística, recursos naturais, inovação e ambiente de negócios.
O governo quer contar com as federações empresariais para disseminar os conceitos do plano entre as empresas pequenas, médias e grandes. A ideia é convencer os diferentes atores de que, com uma população que envelheceu mais rápido, o Rio Grande do Sul precisará aumentar a produtividade para crescer e isso só será possível com investimento em capital humano, inovação, aproveitamento inteligente dos recursos naturais, infraestrutura adequada e um ambiente de negócios favorável à atração de empresas.
Construído a partir de um diagnóstico da consultoria McKinsey, que mapeou os principais desafios do Estado, o plano será apresentado em duas etapas no dia 30. Pela manhã, em uma sessão para a imprensa. À tarde, para chefes de Poder, empresários, deputados, representantes de universidades e da sociedade civil, que deram sua contribuição para a elaboração da chamada agenda de desenvolvimento.
— Este não é um plano de governo para os últimos dois anos de mandato. É um plano de Estado, que deverá ter continuidade nos próximos governos, porque deve servir de bússola até pelo menos 2040 — diz o chefe da Casa Civil, Artur Lemos.
O diagnóstico foi apresentado ao mesmo público no dia 10 de abril deste ano. Naquele dia foram montados grupos de trabalho que começaram a dar forma ao plano, mas três semanas depois veio a enchente e o governo precisou dar prioridade à emergência. Um pequeno grupo seguiu trabalhando no arcabouço do plano, que está sendo lançado agora já com adaptações decorrentes da necessidade de trabalhar com a perspectiva de enfrentamento a novas catástrofes climáticas.
Junto com o plano, o governo apresentará a direção e a estrutura da Agência de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul, a Invest RS, que terá o professor Rafael Prikladnicki como presidente. A agência é uma organização social com estrutura independente do Estado, mas que atuará em sintonia com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico, na captação de investimentos. Deverá operar no antigo prédio da Ipiranga, na Avenida Borges de Medeiros, perto do Centro Administrativo, e terá um escritório em São Paulo, centro do poder econômico.