Demanda dos prefeitos da Região Metropolitana, a duplicação da RS-118 (trecho freeway-Viamão) com recursos originários do Fundo Rio Grande (Funrigs) tem a simpatia do governador Eduardo Leite, mas não há certeza de que se enquadre nos padrões definidos pelo governo federal. Como esse fundo é formado pelos recursos que o Estado deixa de repassar à União no período de suspensão do pagamento da dívida, é preciso que as obras se encaixem nos critérios estabelecidos pelo governo federal.
A duplicação da RS-118 não é, a rigor, uma "obra de reconstrução". O enquadramento está sendo defendido com o argumento de que foi essa rodovia de pista simples e manutenção precária a única que garantiu a ligação de Porto Alegre com o centro do país durante a enchente de maio. De fato, nos dias críticos da enchente, a RS-118 foi o caminho usado não só para o Litoral e outros Estados, como para uma simples ida a Canoas, viagem de poucos minutos em situação normal e que chegava a durar mais de três horas por causa dos engarrafamentos.
O projeto original de Leite era colocar a duplicação da RS-118 no pacote de concessão de rodovias da Região Metropolitana, o que significaria cobrar pedágio na rodovia, mas essa opção foi rejeitada por empresários, prefeitos e políticos em geral.
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