O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço.
Por decisão da Justiça Eleitoral, a campanha de Maria do Rosário (PT) terá de tirar do ar uma inserção veiculada na propaganda eleitoral. A peça faz críticas ao governo Sebastião Melo (MDB), que disputa a reeleição em Porto Alegre.
O vídeo cita suspeitas de corrupção na Secretaria de Educação e no Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), além do incêndio na Pousada Garoa e a distribuição do "kit covid" pela prefeitura.
A representação apresentada pelo prefeito alega que a peça é desinformativa e ofensiva. Os advogados de Melo apontaram que a locutora do vídeo afirma que houve "roubo na educação", enquanto a legenda mostra a expressão "rombo na educação".
O entendimento foi acolhido pelo juiz eleitoral José Ricardo de Bem Sanhudo, que ordenou a remoção da propaganda.
"A partir da visualização do vídeo acostado à peça inicial, evidenciado haver a publicação de conteúdo manifestamente ofensivo, ultrapassando-se noção vinculada ao exercício regular do direito de liberdade de expressão, que não se apresenta como absoluto", escreveu o magistrado.
Assinada pelos advogados Roger Fischer, Rafael Morgental e Mateus Schönhofen, a representação também solicitou que o juiz vetasse a publicação de conteúdos "semelhantes", mas o pedido não foi acolhido pelo magistrado. Sanhudo considerou que a ordem poderia caracterizar censura prévia.
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