Em nota assinada pelo secretário de Comunicação, André Luís Prytoluk, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) justifica a demora para o reinício das aulas, que só serão retomadas no início de julho. Diz o comunicado que, de fato, a maioria dos campi da universidade não foi atingida pela enchente, mas o prédio da Escola de Administração foi um dos impactados e todo o andar térreo ainda está em processo de limpeza e recuperação.
Além disso, desde o início da tragédia, o campus da Escola Superior de Educação Física, Fisioterapia e Dança (Esefid) está sendo utilizado como abrigo humanitário, recebendo pessoas e animais que foram desalojados.
“Tivemos ainda um grande impacto para nossos alunos, professores e servidores, com pessoas que perderam tudo, vários ainda desabrigados. Vários lugares seguem sem energia elétrica ou com dificuldade de deslocamento até os campi”, diz a nota.
A UFRGS ressalta que, diferentemente da pandemia, quando foi possível disponibilizar aulas remotas, agora o Estado vive uma situação em que muitos não têm qualquer condição de acessar as aulas.
“Não é viável fazer calendários acadêmicos separados, sobretudo ao se tratar de uma universidade com centenas de cursos e milhares de alunos, professores e técnicos administrativos, vários ainda prejudicados”, destaca.
E conclui: “Estamos acompanhando dia a dia a situação e queremos, o quanto antes, retomar as aulas. Porém, precisamos garantir segurança e estabilidade para que, especialmente, nossos alunos continuem suas aulas, de forma que todos sejam beneficiados. Completamos reiterando que, desde o primeiro dia da tragédia, a UFRGS está totalmente mobilizada para auxiliar a população no processo de reconstrução, em diversas frentes, com o apoio de toda a nossa comunidade acadêmica”.
Professores e alunos escreveram para a coluna dizendo que gostariam de já ter retomado as aulas e não se convencem com as explicações oficiais.