Na segunda reunião com a direção da Fraport em 24 horas, o ministro da Reconstrução, Paulo Pimenta, sugeriu à CEO da empresa, Andrea Pal, medidas que poderiam acelerar a retomada das operações antes de dezembro. Pimenta recebeu Andrea e o diretor de Infraestrutura da Fraport, Cássio Gonçalvez, no prédio da superintendência do Banco do Brasil em Porto Alegre, acompanhado do secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, e do líder do governo na Assembleia, Frederico Antunes.
Pimenta reafirmou que em matéria de logística nada é mais urgente do que retomar, com segurança, os voos no Salgado Filho. Disse que, para o governo, o importante é a pista estar em condições para receber os voos, mesmo com algum prejuízo no conforto dos passageiros nas áreas internas.
- O aeroporto é uma das prioridades do governo estadual, que está trabalhando em conjunto com o governo federal para tentar viabilizar voos com segurança, o mais rápido possível - reforçou Polo.
Andrea Pal apresentou planilhas detalhadas dos custos estimados para limpeza e reorganização do terminal, incluindo a compra de equipamentos. O orçamento de R$ 300 milhões não inclui a recuperação da pista. Esse valor só será conhecido quando a empresa contratar para fazer o diagnóstico entregar seu trabalho.
O ministro questionou se haveria possibilidade de contratar outra empresa para fazer o diagnóstico da pista, já que a contratada pela Fraport pediu 45 dias para entregar as conclusões. Andrea disse que a empresa contratada é a melhor e que o problema é a quantidade de água que ainda existe no sítio aeroportuário, que distorce o resultado dos ensaios.
Para acelerar a reabertura do aeroporto, Pimenta vem conversando com o chefe da Casa Civil, Rui Costa, a antecipação de recursos financeiros, permitida pelo decreto de calamidade. Andrea Pal insistiu que, sem um diagnóstico seguro das condições da pista, nem o aporte federal para obras de recuperação vai antecipar a volta da tradicional movimentação no Salgado Filho.
O ministro sugeriu ainda uma ação do Itamaraty para que, se for preciso, o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, e o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, intercedam junto aos fornecedores de equipamentos de sinalização e iluminação de pista, scanner, raio X e outros, para não deixar Porto Alegre “na fila comum”, com entrega em 120 dias.