Ainda sem abrir todas as informações que envolvem o negócio, a Pulsa RS, consórcio que arrematou a concessão do Cais Mauá, apresentou à coluna nesta segunda-feira (26) o conceito da revitalização e as primeiras imagens do projeto que está sendo desenvolvido pelo escritório de arquitetura Mandaworks, de Estocolmo, Suécia. O arquiteto Sérgio Stein, porta-voz do consórcio, veio de São Paulo disposto a desfazer a ideia de que o projeto é misterioso ou que a capacidade de investimento do grupo não está devidamente comprovada.
Stein explicou que, como o resultado do certame ainda não foi homologado pela Bolsa de Valores B3 e pela Comissão de Licitação, ainda não pode falar sobre as empresas parceiras nem citar os fundos dispostos a financiar o empreendimento. Em conversa de mais de duas horas, falou sobre as diretrizes que norteiam o projeto de revitalização: preocupação com o bem-estar das pessoas que vão frequentar o Cais, sustentabilidade e valorização do espaço público.
A área das docas, onde serão construídos edifícios comerciais e residenciais, só será repassada ao consórcio depois de uma série de investimentos nos armazéns, que terão espaço para eventos, exposições e até uma universidade. O projeto dos escandinavos prevê a plantação de árvores, para que os frequentadores tenham sombra na área externa.
— Nossa inspiração é o que já foi feito não só na Suécia como em outras cidades do mundo que revitalizaram seus portos — disse Stein, mostrando ilustrações de projetos do Mandaworks na China, na Alemanha e no Canadá.
Aliás
O arquiteto Sérgio Stein diz que o consórcio Pulsa RS está aberto à negociação com o Embarcadero, que hoje ocupa a área próxima ao Gasômetro e deu à população uma ideia do que significa revitalizar o Cais Mauá e integrar o Guaíba com a cidade.