Os adversários sustentam que o namoro do presidente eleito Javier Milei com a atriz, comediante, cantora e dançarina Fátima Flórez, 42 anos, foi um truque para torná-lo mais popular na eleição. Os dois estão juntos desde julho e se declaram “almas gêmeas”. A história do namoro vem sendo reprisada nos meios de comunicação da Argentina depois que Milei venceu a eleição, acompanhada de várias perguntas: Fátima terá o papel de primeira-dama? Vai morar na residência de Olivos? Seguirá a carreira de atriz?
Os dois se conheceram na sala de espera do programa de entrevistas de Mirtha Legrand, uma lenda da TV argentina. Mistura de Hebe Camargo e Ana Maria Braga, sempre vestida de forma extravagante, com paetês e muitas joias, Mirtha Legrand recebe políticos e artistas em seu programa. Incontáveis presidentes e candidatos passaram por sua bancada.
No dia em que Milei foi entrevistado, ainda antes das primárias, Fátima Florez estava lá para participar de um dos quadros. Os dois conversaram e, como ela define, foram flechados pelo cupido. Uma das especialidades dela é imitar personagens famosos. Entre suas imitações mais famosas está a da vice-presidente Cristina Fernandes de Kirchner, desafeta de Milei.
Afora a imitação de Cristina, Milei, solteirão convicto de 53 anos, teria sido fisgado por outra característica de Fátima, além da juventude e da beleza: o amor por cães e gatos. Ele tem cinco cachorros, clones de Conan, o falecido cão de estimação com quem diz conversar por meio de uma médium.
Fátima nasceu Maria Eugenia Florez, mas mudou de nome por sugestão de um agente, devoto de Nossa Senhora de Fátima. De família pobre, sempre quis ser artista, mas a família não aceitava. Os pais se separaram quando ela ainda era criança. Sofreu com a bulimia, mas acabou se recuperando e ganhando destaque na cena artística argentina. Agora, é simplesmente “la novia de Milei”.
Às vésperas da eleição, o casal foi ao Teatro Colón assistir à ópera Madame Butterfly. Ele usando terno e gravata, ela um vestido decotado que destacava suas formas. Entre o primeiro e o segundo ato, Milei foi reconhecido por adversários que começaram a gritar: "Milei, basura, abajo la dictadura". O primeiro-bailarino do Colón juntou-se ao coro e a orquestra tocou a Marcha Peronista. O casal acabou deixando o teatro no intervalo.