
O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
A prefeitura de Porto Alegre vai ampliar a política de venda de imóveis públicos para o financiamento da construção de habitações populares. Na prática, significa trocar prédios que estão desocupados ou subutilizados por loteamentos destinados à população de baixa renda.
O anúncio foi feito pelo prefeito Sebastião Melo nesta quinta-feira (2), na zona norte da Capital, durante a sanção da lei que autoriza a primeira operação do tipo: a destinação do dinheiro da venda do prédio da antiga Secretaria Municipal de Obras e Viação (Smov), na Avenida Borges de Medeiros, para a construção do Residencial Barcelona 1 e 2.
Destinado a abrigar 254 famílias que hoje moram de aluguel ou de favor, o condomínio ficará em frente ao parque Mascarenhas de Moraes, no bairro Humaitá.
— Já determinei que a prefeitura identifique outros terrenos próprios, não utilizados, que possam ter a mesma finalidade — avisou o prefeito, enquanto tentava escapar da chuva embaixo de dois toldos improvisados para abrigar a cerimônia.
Ao lado de Melo, o secretário da Habitação, André Machado, comemorou o anúncio:
— Inscrevemos 15 áreas no programa (federal) Minha Casa Minha Vida, mas nem todas serão contempladas. Isso abre uma janela para que esses projetos não contemplados também sejam atendidos.
O leilão do prédio da Smov está agendado para o dia 27 de novembro. O imóvel foi avaliado em R$ 48,1 milhões, dos quais R$ 40,5 milhões estão carimbados para o loteamento. O secretário de Administração, André Barbosa, diz que a expectativa é despertar concorrência no mercado, em razão da localização e das possibilidades de futuras construções na área.
Já o loteamento no Humaitá está em fase de elaboração do projeto. A previsão é de que o contrato da obra seja assinado no primeiro semestre de 2024.