Conhecedora da burocracia federal como poucos integrantes da equipe do governador Eduardo Leite, a secretária de Planejamento, Governança e Gestão, Danielle Calazans, foi escalada para acompanhar os planos de trabalho para a reconstrução dos municípios atingidos pela enchente no Vale do Taquari. A cada 15 dias, ela irá a Brasília, de ministério em ministério, para acompanhar o andamento das demandas dos Rio Grande do Sul.
À frente de um grupo de secretários, Danielle se encontrou nesta terça-feira (19) com o ministro da Integração Nacional, Waldez Góes, para tentar apressar a liberação de recursos. A agenda dos secretários incluiu visitas aos ministérios do Desenvolvimento Social e das Cidades. Danielle só retorna ao Estado na sexta-feira (22).
Como ainda não foram atendidas as demandas decorrentes do ciclone anterior, na reunião ficou acertado que os primeiros empenhos liberados serão os das pontes sobre o Arroio Carvalho, na divisa de Santo Antônio de Patrulha e Caraá (R$ 4,8 milhões) e sobre o Arroio Morro Azul, entre Morrinhos e Três Cachoeiras (R$ 5,8 milhões). Em 15 dias deverão ser publicados os editais para a construção das duas pontes.
— Vamos reconstruir as oito pontes, quatro estaduais e quatro municipais, destruídas no Vale do Taquari. Em 20 ou 30 dias o plano de trabalho deve ser aprovado — disse Danielle à coluna.
Embora a demanda do município de Nova Roma do Sul seja reconstruir a ponte de ferro que ligava o município a Farroupilha, e que era um ponto turístico, a secretária não garante que o material seja o mesmo:
— Vamos avaliar qual o melhor método construtivo para que a ponte fique pronta o mais rápido possível, a um custo razoável.
Aos ministros, a secretária informou sobre a criação do Escritório de Restabelecimento e Reconstrução, que conta com 106 planos de trabalho cadastrados, sendo 16 já atendidos e 26 em análise.