Com o Rio Grande do Sul em estado de calamidade pública, conforme anunciou há pouco o governador Eduardo Leite, não há clima para desfiles de 7 de Setembro. Foi por isso que Leite cancelou os desfiles, incluindo o tradicional que ocorre todos os anos em Porto Alegre e conta com a participação das forças de segurança. O momento não é de mostrar helicópteros, aviões ou carros de combate, nem de marcha de soldados. O foco é salvar vidas e ajudar as vítimas de uma das maiores enchentes da história do Rio Grande do Sul.
Leite também deve cancelar a viagem à França e a Espanha. Pela programação, ele sairia de Porto Alegre no domingo à tarde e ficaria uma semana em Paris e Madri. Por mais importantes que fossem os compromissos, nada é mais urgente do que cuidar das pessoas afetadas pela catástrofe climática.
O vice-governador Gabriel Souza está engajado na tarefa de socorro às vítimas e de planejamento da reconstrução, mas este é o momento em que o líder não pode arredar pé do Estado. Todos os sinais são de que o número de mortos aumentará nas próximas horas e a presença do governador será importante para prestar solidariedade às famílias e mostrar que está ao lado dos policiais, bombeiros e servidores civis que trabalham nos órgãos públicos.
Além disso, há previsão de mais chuva e de problemas na Região Metropolitana com a chegada da água e dos destroços das cidades ao Rio Jacuí e ao Guaíba.