Em mais de duas horas de reunião com o presidente Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e ministros, no Palácio o Planalto, o governador Eduardo Leite tratou da reconstrução dos municípios atingidos pelas inundações do início do mês.
Presente à reunião, o ministro Paulo Pimenta, definiu a reunião como "muito produtiva" e disse que novas medidas serão anunciadas nesta quinta-feira (28), durante a visita de uma comitiva do governo federal ao Vale do Taquari. Nesse grupo estarão Pimenta, a primeira-dama, Janja da Silva, e os ministros do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, e do Desenvolvimento Social, Wellington Dias.
Pouco antes de embarcar de volta para Porto Alegre, Leite postou em seu perfil no X (antigo Twitter) uma sequência de anotações sobre a audiência.
Disse que entregou quatro documentos a Lula, com pedidos de interesse do Estado, em especial na ajuda às famílias atingidas pelas enchentes e na retomada econômica da região do Vale do Taquari.
"Nossa prioridade neste momento é garantir moradias dignas e emprego para as vítimas da enchente, além da manutenção do funcionamento das empresas afetadas", escreveu.
Leite também manifestou a preocupação com o prognóstico de chuvas expressivas nos próximos meses.
Educação
Antes do encontro com Lula, Leite se reuniu com o ministro da Educação, Camilo Santana, e entregou uma lista de demandas do Estado. O principal pedido é para que o governo federal auxilie na reconstrução da infraestrutura das escolas municipais e estaduais arrasadas pela enxurrada no Vale do Taquari.
Embora as aulas já tenham sido retomadas na maioria dos colégios, uma parcela significativa dos estudantes ainda não retornou. O temor da Secretaria Estadual da Educação é de que a situação agrave ainda mais a evasão escolar no Rio Grande do Sul, que já é elevada.
Conforme a secretária da Educação, Raquel Teixeira, são necessários mobiliário para as escolas, equipamentos pedagógicos e computadores, por exemplo. Cada colégio elaborou uma lista de demandas específicas, de acordo com as suas necessidades. Camilo respondeu que o governo federal tem boa vontade e tentará auxiliar.
— Estamos fazendo uma busca ativa aos alunos. O Rio Grande do Sul está vivendo um momento muito desafiador com a crise climática, e é claro que isso também afetou a educação — resume a secretária.