A ideia do ex-senador Pedro Simon, 93 anos, de mostrar à neta Isabela, de 11 anos, o local onde trabalhou por 32 anos, serviu para confirmar que ele não só ainda é lembrado, como também é querido no Senado. Funcionários que o conheceram no tempo em que tinha mandato pararam para cumprimentá-lo e tirar fotos. Senadores fizeram o mesmo.
Foi também uma viagem de reencontros e de visitas a lugares simbólicos de Brasília. Simon viajou acompanhado da esposa Ivete, do filho caçula, Pedro, e da nora Miriam.
No Museu do Senado, Simon foi festejado por visitantes que ouviram Isabela ler um texto sobre a biografia do avô. Recentemente, a menina fez um trabalho escolar sobre o Congresso, o que inspirou o ex-senador a esticar a viagem a Brasília, apesar das dificuldades de locomoção, para rever o Senado e encontrar amigos como o ex-ministro aposentado do STF Ayres Britto e o ex-ministro e ex-senador Cristovam Buarque.
No fim de semana, ele foi ao casamento de um amigo e decidiu permanecer um pouco mais na capital do país, de onde retorna nesta quinta-feira (31).
Pela manhã, o ex-senador foi recepcionado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), comissão da qual participou em todos os mandatos e considerava a mais importante. Lá, fez um breve discurso e conversou com a ex-senadora Ana Amélia Lemos, amiga de longa data. Foi também ao gabinete da senadora Ivete Appel da Silveira, cujo falecido marido foi um grande companheiro de parlamento.
O senador também esteve no Ministério do Planejamento e Orçamento, para visitar a ministra Simone Tebet. Ele e o pai de Simone, Ramez Tebet, foram grandes amigos. No roteiro, ainda levou a neta ao Memorial JK.
À tarde, no Senado, a convite do presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG), o ex-senador foi recepcionado formalmente pelos senadores. Ao entrar no plenário, Pacheco suspendeu a sessão e os senadores de diferentes matizes ideológicos renderam homenagens ao parlamentar gaúcho que fez história com discursos memoráveis.