A terça-feira (29) do governador Eduardo Leite foi uma maratona por gabinetes e corredores de Brasília, na tentativa de evitar que o Rio Grande do Sul perca receita com a reforma tributária que está para ser votada no Senado.
Além de se encontrar com os três senadores gaúchos (Paulo Paim, Luis Carlos Heinze e Hamilton Mourão), Leite participou de uma espécie de sessão plenária na comissão especial da reforma. Cada governador expôs seu ponto de vista, num formato considerado bonito, mas pouco resolutivo.
Por entender que o pleito não avançou o suficiente, Leite está pedindo uma reunião informal com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e com o relator, Eduardo Braga (MDB-AM).
— Estou focando em garantir ao Rio Grande do Sul uma melhor participação no fundo de desenvolvimento regional. Vai ser uma batalha — disse o governador à coluna.
No final da tarde, Leite se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tratar da renegociação do regime de recuperação fiscal. Pediu que, como o RRF vai ser estendido de seis para 12 anos, que seja autorizada a tomada de empréstimos para investimentos e não só para pagamento de precatório, e que se aumente de 5% para 15% da receita corrente líquida o comprometimento nessas operações.
Leite elogiou o ministro da Fazenda e disse que Haddad foi sensível ao pleito, como tem sido em relação a outros temas.
Na conversa, o governador também pediu uma revisão das metas de superávit estabelecidas no regime de recuperação fiscal, diante do fato de que uma medida do governo Jair Bolsonaro, de corte do ICMS, fez despencar a arrecadação dos Estados.