No processo de privatização da Corsan, o Rio Grande do Sul cedeu ações para os municípios que aceitaram assinar os termos aditivos para extensão do prazo do contrato. Dos 307 com contratos válidos, 76 aceitaram a proposta. Desses, 50 optaram por vender suas ações em conjunto com o Estado no leilão vencido pela Aegea. Nesta sexta-feira (21), receberam o dinheiro da venda das ações.
Em solenidade no Centro Administrativo, foram repassados R$ 192,7 milhões aos 50 municípios que decidiram vender as ações junto com as do governo do Estado.
Os valores mais expressivos ficaram com os municípios de Canoas (R$ 25,7 milhões), Santa Maria (R$ 20,1 milhões), Passo Fundo (R$ 15,2 milhões), Rio Grande (R$ 13 milhões), Gravataí (R$ 14 milhões), Alvorada (R$ 11 milhões) e Viamão (R$ 11 milhões).
Os outros 26 municípios que decidiram permanecer como acionistas da Corsan poderão alienar as ações, equivalentes a R$ 20,9 milhões, em Oferta Pública de Aquisição.
O governador Eduardo Leite repetiu que a decisão de privatizar a Corsan partiu da necessidade de atender ao novo marco regulatório que prevê a universalização do saneamento até 2033, objetivo incompatível com a capacidade da companhia enquanto era operada pelo Estado em razão da falta de recursos e das travas burocráticas. Com o saneamento sob a operação do poder público, o Rio Grande do Sul alcançou a marca de 20% de esgotamento sanitário.