Por ter praticamente esgotado seu estoque de projetos polêmicos no primeiro mandato, o governador Eduardo Leite acaba levando a culpa pela inércia da Assembleia Legislativa nesta legislatura e pela avalanche de projetos dispensáveis.
A reestruturação do IPE Saúde é um caso raro de projeto polêmico do Executivo que divide a Assembleia e deve ser votado na próxima semana.
Os deputados estão gastando energia com frentes parlamentares para todos os gostos e projetos mais ideológicos. É o caso da proposta que dificulta mudanças na letra do Hino Rio-Grandense, a menos que seja aprovada por mudança constitucional, o que exige três quintos dos votos.
Deputados que defendem uma Constituição enxuta não hesitam em acrescentar penduricalhos.
A proposta, avalizada por deputados de vários partidos, nasceu a partir da indignação de deputados negros que consideram ofensivo o trecho do hino que diz "povo que não tem virtude acaba por ser escravo".
O Hino Rio-Grandense já perdeu um pedaço ao longo do tempo e pouca gente notou. Alguém lembra onde foi parar o verso "Entre nós reviva Atenas, para a glória dos tiranos, sejamos gregos na glória, e na virtude, romanos"? Caiu em 1966.
Mudança de sexo
Mesmo não sendo um tema regional, o deputado Capitão Martim (Republicanos) quer aprovar uma lei proibindo que na república do Rio Grande do Sul a mudança de sexo seja feita por menores de 18 anos.
Por que não deixar que os pais decidam sobre o que é melhor para os seus filhos transgêneros?