Três deputados estaduais estão colhendo assinaturas dos colegas para abrir uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar os bloqueios no acesso à Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (20). O movimento foi deflagrado por sindicatos para tentar impedir a votação do projeto de reforma do IPE Saúde.
A iniciativa de criar a CPI partiu de Felipe Camozzato (Novo), Capitão Martim (Republicanos) e Cláudio Branchieri (Podemos). Para que seja concretizada, é preciso que consigam assinaturas de, no mínimo, outros 16 parlamentares.
Os três deputados consideram que os atos são antidemocráticos e impediram o direito constitucional dos parlamentares de votar e representar os eleitores.
Se for instalada, a CPI deverá investigar a eventual participação de líderes políticos, servidores da Assembleia e sindicalistas na obstrução do acesso ao Legislativo.
"É evidente que a associação orquestrada e deliberada para literalmente 'fechar' o Parlamento, com declarações expressas de que não se permitirá a votação específica de um determinado projeto de lei, atenta frontalmente contra a democracia e contra o Estado de Direito", diz trecho do requerimento.
Luciana responde
Após a publicação desta nota, a deputada Luciana Genro (PSOL) foi à tribuna da Assembleia para criticar a proposição da CPI. Segundo ela, o ato seria uma tentativa de criminalizar a mobilização os servidores.
— Essa tentativa de criminalização é mais do que ridícula. É um insulto contra a mobilização dos servidores, que lutaram legitimamente por seus direitos — discursou Luciana.