Cobrado por não estar circulando pelo Interior para conhecer a situação dos produtores rurais afetados pela estiagem, o governador Eduardo Leite decidiu que só irá depois que tiver medidas emergenciais e estruturantes para anunciar.
Essas medidas, fruto de conversas com entidades que representam os setores atingidos, estão em discussão no governo e devem ser definidas depois de uma nova reunião, nesta terça-feira (14), entre os secretários Artur Lemos (Casa Civil), Daniele Calazans (Planejamento), Giovani Feltes (Agricultura), Marjorie Kauffmann (Meio Ambiente), Ricardo Santini (Desenvolvimento Rural) e Luciano Boeira (Defesa Civil).
Nesta segunda-feira (13), os secretários teriam mais uma reunião com a Fetag para organizar as demandas da agricultura familiar.
De acordo com Lemos, a prioridade é definir medidas emergenciais, como o fornecimento de cestas básicas para famílias que estejam com dificuldade para se alimentar, a compra de milho para tratamento dos animais e a perfuração de poços artesianos.
Como a estiagem é recorrente e os açudes estão secos, porque o solo absorve toda a água, o governo deve propor, como medida estruturante, novas formas de construção de reservatórios. Uma das ideias é utilizar lona impermeável no fundo e nas paredes dos açudes.
Outras providências estão sendo discutidas com o governo federal. Na semana passada, o secretário de Desenvolvimento Social, Beto Fantinel, esteve em Brasília, tratando da estiagem em diferentes ministérios, e deixou com o ministro Paulo Pimenta (Secom) um convite para que o presidente Lula visite o Estado para conferir os prejuízos causados pela estiagem.
Aliás
Nesta terça-feira, Eduardo Leite vai reunir pela primeira vez a base aliada do segundo mandato para discutir prioridades e estratégias. Será um café da manhã, no Galpão Crioulo do Palácio Piratini.