O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Após ter a proposta rejeitada em plenário na legislatura anterior, a deputada Luciana Genro (PSOL) iniciou nesta segunda-feira (13) nova mobilização para convencer os colegas a aprovarem o projeto de lei que dispõe sobre a instalação de câmeras de vídeo nos uniformes dos policiais gaúchos e nas viaturas. A iniciativa já está sendo colocada em prática pelo governo do Estado, mas a aprovação de lei visa consolidar a iniciativa como uma política pública permanente.
Inicialmente chamado de Gustavo Amaral, engenheiro morto em uma ação policial na cidade de Marau em 2020, o projeto também recebeu o nome de Gabriel Marques, jovem que morreu após abordagem da Brigada Militar em São Gabriel. Nesta segunda, o caso completa seis meses.
As famílias de Gustavo e Gabriel autorizaram o uso de seus nomes no projeto de lei, que também foi subscrito pelo deputado Matheus Gomes (PSOL).
Os pais de Gabriel, Anderson da Silva Cavalheiro e Rosane Marques, e a mãe e o irmão gêmeo de Gustavo, Eneida Salete dos Santos e Guilherme Amaral, participaram do lançamento da campanha, no salão Júlio de Castilhos da Assembleia Legislativa.
No ato, Luciana ressaltou que a iniciativa protege a população e os bons policiais, que poderão se defender caso sejam acusados de praticar alguma conduta que não cometeram.
— Queremos câmeras em todos os batalhões, em especial nas áreas mais empobrecidas, que é aonde a violência acontece — frisou a deputada.
No evento, também manifestaram-se a favor da proposta representantes da Defensoria Pública do Estado, da Associação dos Juízes do RS, da Ordem dos Advogados do Brasil e do Comitê Estadual Contra a Tortura.